A interdição das escolas Alexandre Merico (nome ainda não regulamentado), no bairro Limeira, e Angelo Dognini, no Planalto, voltou a gerar muitos debates na sessão da Câmara de Vereadores de Brusque na noite de ontem (26). O motivo foi o relatório apresentado por uma comissão formada pelos vereadores Dejair Machado (DEM), Roberto Pedro Prudêncio Neto (PTD) e Edson Rubem Muller (PP), sobre a situação dos educandários. A referida Comissão buscava informações a respeito dos motivos que levaram o governo municipal a paralisar o ano letivo nas duas unidades.

As discussões tiveram início com o pronunciamento do pepista Edson Muller, para quem o parecer apresentado pela comissão mostrava exatamente o mesmo resultado que os laudos feitos pelas equipes do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab), que apontou a necessidade de interdição das escolas. A comissão de vereadores decidiu contratar um engenheiro para averiguar as mesmas informações.

Dejair Machado tomou a palavra, e em aparte disse que o pepista estava se contradizendo, já que havia colocado sua assinatura no mesmo documento e que agora afirma ser tudo desnecessário. "Vossa excelência acaba de dizer algo aqui (...) que foi dinheiro jogado pelo ralo. Então vossa excelência não deveria ter assinado o relatório. Vossa excelência está se contradizendo de uma forma decepcionante", disparou Machado.

Muller se defendeu dizendo que "no início dessa Comissão, eu fui contra a contratação desse engenheiro. O que eu assinei? Assinei a conclusão de igualdade do que nós tínhamos em mãos", disse o líder do PP. O colega de bancada, Valmir Ludvig (PT), também saiu em sua defesa. "Acho que o senhor foi coerente. O senhor está apenas dizendo que um laudo diz a mesma coisa que o outro".

O assunto teve continuidade quando a mesa diretora colocou em votação requerimento do próprio Machado, para que se enviasse ao prefeito uma cópia com o resultado final do levantamento feito pela Comissão.  Machado foi à tribuna e disse que "o governo atual está apenas demolindo tudo".

"Aliás, a única coisa que esse governo está fazendo é demolir. A ordem e demolir. Demolem o portal, as esculturas, demolem a escola", disse Dejair.

O líder do governo rebateu: "Vereador, teve que demolir a casa (adquiria no Bairro Limeira) porque vocês fizeram num lugar que nem tem espaço para as crianças brincarem. Teve que sair o portal porque estava fora das regras do Deinfra. Um caminhão chegava em Brusque e tinha que dar a volta por São João Batista, para entrar" disse Ludvig.

O requerimento foi aprovado pela unanimidade dos vereadores.